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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Estudantes invadem nova Câmara de Deputados no DF

O procurador-geral do Distrito Federal, Marcelo Galvão, anunciou nesta quinta-feira (22) que pedirá a reintegração de posse da nova sede da Câmara Legislativa do DF, ocupada desde a noite de quarta-feira (21) por estudantes. Apesar de o prédio ainda não ter sido entregue e estar sob responsabilidade de uma construtora, o terreno é público e pertence ao governo do Distrito Federal.


"A procuradoria do Distrito Federal vai entrar porque o prédio será da Câmara, mas o terreno é do DF e ainda não foi repassado. O terreno é público e é do DF", afirmou Galvão.
Segundo o procurador, a intenção é entrar com a ação ainda nesta tarde. A ação seria ajuizada em uma das varas da justiça comum do Distrito Federal. A construtora responsável pela obra disse, por meio de sua assessoria, que também estuda uma medida judicial, mas que vai buscar primeiro uma saída negociada com os estudantes.

Os estudantes que invadiram a nova sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiram em assembléia nesta manhã permanecer pelo menos até a noite desta quinta-feira (22). Segundo os organizadores, cerca de 30 manifestantes estão no local e a intenção é chamar outros movimentos sociais para reforçar as manifestações.


"Nós não vamos desocupar. Vamos trazer novos movimentos e fazer discussões sobre novos assuntos. Queremos transformar esse espaço", afirmou Luana Medeiros Weyl, uma das participantes da manifestação.


Segundo Luana, o movimento pede a saída do governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), que foi eleito de forma indireta pela Câmara Legislativa. Eles cobram a saída de todos os envolvidos no escândalo, a exoneração do coronel Silva Filho, comandante da Polícia Militar do DF, e estendem o movimento a discussões como a construção do setor Noroeste, um novo bairro em Brasília.


"Queremos a impugnação do Rogério Rosso, a exoneração do coronel Silva Filho, a revisão do PDOT e pedir a não construção do Noroeste. Não acreditamos nessa história de bairro ecológico tirando as comunidades indígenas e destruindo o cerrado", afirmou a estudante.


Os manifestantes farão uma nova assembléia no início da noite para discutir a permanência no prédio. A construção pertence ainda a uma construtora, uma vez que não foi entregue ainda.
O protesto dos estudantes também é motivado pelo valor da obra, que saiu por um valor 323% mais caro do que o previsto. Em 2001, a previsão de gastos para obra era de R$ 23,6 milhões, mas , de acordo com a Secretaria de Obras, a despesa deve passar dos R$ 100 milhões. As justificativas para o aumento são acréscimos no projeto: uma garagem, um heliporto e um auditório extra. A mobília também não deve sair por menos de R$ 10 milhões.

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