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terça-feira, 2 de março de 2010

Juventude precisa de crédito

Em 2006, o bengalês Muhammad Yunus, conhecido como “o banqueiro dos pobres”, recebeu o prêmio Nobel da Paz e mostrou ao mundo que o micro crédito ajuda no desenvolvimento de um país e que a inadimplência, nestes casos, beira 0%.

Em recente artigo publicado no blog Juventude em Pauta, Leopoldo Vieira defende uma “mochila de direitos” para a juventude no campo do mercado de trabalho. Além dessas fundamentais necessidades, o país tem que começar a implementar políticas públicas de crédito aos jovens.

É inegável o avanço do micro crédito nesses últimos sete anos de governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, como o IPEA afirma em seu Comunicado 39 à Presidência: "ainda assim, as ações para os pequenos empreendimentos são insuficientes para dar conta da dimensão e da natureza dos pequenos negócios no País". Para a juventude, menos insuficientes ainda.

Para crédito pessoal, os bancos exigem renda e não aceitam bolsas de estudo como comprovante. Ou seja, um jovem, com mais estabilidade financeira na família, que queira fazer graduação, mestrado, doutorado, só terá possibilidade de crédito com quase 30 anos. Isso tanto para comprar casa, quanto para pequenos gastos. Vemos jovens saindo cada vez mais tarde de casa.

O jovem com menos estabilidade financeira na família, que está na universidade, com bolsa, não pode conseguir seu crédito. Logo quando forma se vê na necessidade de trabalhar, buscando dois caminhos, ou de estudar para concursos públicos, ou trabalhar na iniciativa vida privada, não tendo como horizonte a possibilidade abrir seu próprio negócio.

Os jovens trabalhadores, que não estão na universidade, tem uma taxa de juros muito alta. Em geral, não cabe no seu orçamento e faz com que este jovem se endivide com grande facilidade. Salvo casos em que as empresas sejam conveniadas com bancos (em geral, serviço público).

.Os jovens que não trabalham, ou estão desempregados, ou em atividades informais, não possuem nenhuma forma de crédito oficialmente nas instituições bancárias brasileiras.

O crédito jurídico também precisa ser ampliado como um todo, mas para os jovens ainda mais. Não existe nenhuma forma de crédito para empreendimentos juvenis. O Governo Federal tem que implantar mecanismo de facilitação ao crédito, principalmente para a juventude: uma forma é a criação de um fundo de crédito para empreendimentos juvenis e a ampliação do valor do Proger Urbano (hoje o teto é R$10 mil).

O único programa específico de crédito do Governo para jovens, o Pronaf Jovem, precisa ser mais divulgado e deveria ser meta para o Banco do Brasil. Aí sim, teríamos maior envolvimento do banco.
Então fica ai a idéia, para que a Juventude possa ter um futuro promissor.

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